Quando será que o Estado devolve aos pais a tutela sobre a Educação dos seus filhos? - parte II (Fev. 2005)
Publicado em 04 fevereiro 2005 por RAF | E-mail this post
Perguntam-me alguns visitantes que tipo de Educação defendo.
Se defendo uma educação para Ricos e uma Educação para Pobres?
Se defendo que cada pai escolha a sua escola, e pague o preço correspondente?
Eu defendo uma Escola onde a liberdade de escolha dos pais seja salvaguardada, onde cada pai/mãe seleccione a escola que pretende para o seu filho, onde os pais sejam verdadeiramente responsáveis: onde estes não seja obrigados a colocar as crianças em escolas que não têm aulas de inglês, que não têm computadores, onde as instalações são decadentes, porque os recursos são canalizados para pagar a professores da letra máxima que estão em horário O, ou porque é necessário suportar os salários de contínuos que não são precisos.
Defendo uma Escola que não interfira nas opções educativas dos pais.
Sou a favor de uma Escola onde a preocupação máxima sejam os alunos, e não os interesses dos professores, dos sindicatos, dos funcionários do Ministério da Educação; quero uma Escola que esteja exposta à pressão dos pais, que seja feita para agradar aos pais, e não aos ideólogos de uma esquerda monolítica.
Sou a favor de uma Escola onde o Estado actue em livre concorrência com os privados, onde assegure, ele próprio, se realmente é capaz, a educação de futuras gerações livres.
Quero um modelo onde o ensino de qualidade não seja um privilégio dos ricos - que podem, mesmo quando é caro, aceder a uma educação de qualidade para os seus filhos.
Quero um modelo onde quem se esforça, mas não é rico, não tenha de se resignar àquilo que um Estado "paternalista" - na medida em que se substitui aos pais - obeso e ineficiente - esteja disposto a dar-lhe.
No fundo, quero um modelo educativo onde o Estado não interfira naquilo que cada cidadão pode e deve decidir.
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